Sempre se falou que o Brasil é um país privilegiado, pois não temos guerras ou fenômenos naturais de grande intensidade, tais como terremotos, furações e  tsunamis, por exemplo. Em outras palavras, não estamos sujeitos a tragédias como ocorre em outras nações, o que limitou nossa capacidade de sobreviver à crise, quando ela nos alcança.

Porém, agora nos encontramos em situação semelhante ao do resto do mundo, passando por uma pandemia. Então, temos pela frente uma tragédia e precisamos reagir e aprender com ela, isto em todos os níveis, do macro ao micro. Mais do que nunca, é hora de agir e isto vale para a sua empresa.

Pense que diversas empresas, numa relação que pode incluir os seus concorrentes, estão agora agilizando a implantação da Transformação Digital, se adequando a este novo ambiente de negócios. Isso porque o mercado não vai voltar ao que era depois que tudo isto passar.

Sobretudo, pense no que está mudando na cabeça de outros integrantes dos mercados onde a sua empresa atua, tais como consumidores e fornecedores. Antes eles eram refratários ao mundo digital e ao home office. Hoje já estão repensando esta posição.

Tudo isto reforça a necessidade de agir, para não ficar para trás.

 

Mas, o que fazer para Sobreviver à Crise?

 

Em que direção ir? As respostas começam sempre pela identificação dos problemas que temos na nossa empresa que, em grande parte, passam pela atuação sobre a qualidade, a produtividade e desperdícios. Vejam alguns exemplos a seguir:

 

1. Processos não padronizados, levando cada um a fazer as atividades do seu jeito, que muitas vezes não é o melhor jeito. Isto impacta no treinamento dos colaboradores para a sua realização e, em consequência, na qualidade dos serviços realizados.

 

2. Objetivos, responsabilidades e atribuições de cada processo não claros para os participantes do mesmo e demais envolvidos, comprometendo os resultados alcançados.

 

3. Tempo gasto com atividades desnecessárias e outras que poderiam ter sua execução simplificada e mais eficiente.

 

4. Processos que não melhoraram com o tempo. Em não poucos casos encontramos o seguinte pensamento nas empresas: “Sempre fizemos assim, então por que mudar?”. Esta é uma visão míope, pois desconsidera a evolução que vem ocorrendo no mundo dos negócios, a começar pelas novas tecnologias disponíveis, a custos muito menores e de  mais simples e ágil implantação.

 

5. Esta não evolução dos processos também compromete o aumento do valor adicionado e redução do tempo de execução de atividades, além da perda de oportunidades de eliminação de erros e de realização de melhorias nos ambientes onde se aplicam os processos, dentre outros pontos.

 

6. Barreiras internas para a realização de melhorias nos processos. Muitas vezes até queremos melhorar, mas as dificuldades internas – incluindo lentidão – para a sua implantação acabam conduzindo à postergação ou abandono das mesmas.

 

7. Subaproveitamento das tecnologias disponíveis. O que dizer das soluções informáticas que implantamos, que são 100 % pagas mas que aproveitamos menos de 10 % das funcionalidades disponíveis?

 

8. Não aproveitamento das informações contidas em diferentes aplicativos, que muitas vezes não se integram, podendo conduzir a perdas significativas.

 

9. Perda de informações ou esquecimento de ações que precisariam ser realizadas para a geração de resultados.

 

10. Subaproveitamento do pessoal, com colaboradores desenvolvendo atividades que poderiam ser realizadas por outros menos qualificados ou automatizadas.

 

11. Desperdício do tempo e competência de níveis de supervisão, que acabam se dedicando a atividades apenas de controle – que não agregam valor e que poderiam ser automatizadas – em detrimento de ações para a melhoria dos resultados alcançados.

 

Para sobreviver à crise, a atuação sobre estes problemas, além de necessária, é oportuna pois estamos em meio a uma transformação digital no mundo, suportada pelas facilidades disponíveis com a Internet. Mas vamos tratar de solução no nosso próximo artigo, falando da metodologia Lean Office. Até lá!